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| Fic - Um reencontro com o destino | |
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Lili Acrobata 1 Estrela
Número de Mensagens : 90 Data de inscrição : 18/05/2007
| Assunto: Fic - Um reencontro com o destino Dom Jun 17, 2007 8:22 am | |
| Olá! Tenho aqui mais umas das minhas criações hehehe. Espero que gostem desta minha nova fic. E por favor, digam-me o que acham deste primeiro capitulo^^ Obrigada e boa leitura Capitulo 1- A guerra Os dias haviam estado mais calmos e pacíficos se não fosse a ganância, o poder ao controlar tal cidade bonita e com os seus velhos hábitos e encantos. Ficava perto do mar, transmitindo assim todos os dias, uma bela vista do horizonte e um cheiro muito agradável a ondas de mar. As casas eram feitas de pedra, e muitas delas se alinhavam em ruas curtas e silenciosas. Ao cimo, ficava a grande floresta que nunca mais acabava. Pelo menos era assim vista de baixo. Por entre os becos, ás ruas mais espaçosas, a população andava de um lado para o outro trabalhando ou simplesmente de passagem. Tal cidade era muito bonita e elegante, tendo um ar simples mas belo, calmo mas barulhento ao ouvirem os comentários vindos de pessoas que visitavam a cidade. Por momentos, tudo parecia estar calmo, contudo certo dia, a cidade transformou-se de um paraíso para o pior dos infernos. E tudo o que podia ser belo, foi estragado pelo que o homem havia construído. O fogo percorria as casas, medo instalava-se no coração de quem não queria morrer. Um casal desesperado corria pelas chamas ignorando o que se passava à volta. O inferno percorria a pequena cidade que tinha acabado de ser esmagada por uma guerra que começara, sem se importar com o coração desumano, que chorava à porta das casas. Ruas ficavam manchadas de sangue inocente, salgado por lágrimas que permaneciam nos rostos das pessoas. Aquele casal que em tempos foi a salvação da cidade, agora corria para se poderem salvar. A mulher que estava grávida, corria com grande dificuldade devido as dores. O fogo chamuscava as árvores em seu redor. Entraram na orla da floresta. A mulher tremia de medo, e o calor era insuportável. O marido num tom calmo disse: -Temos que salvar o nosso filho, agora que a Alcateia descobriu onde é que estávamos escondidos. O bebe está prestes a nascer! Tens de encontrar o local seguro. A mulher que por sinal era jovem e bonita de cabelo preto, pele branca suave e olhos verdes cheia de jóias no pescoço e nas orelhas, olhou para o marido ternamente e responde: -Tens razão! Afinal é o nosso menino. Eles olharam para trás com um susto ouvindo os passos de alguém que se aproximava. Era um bocado difícil de ver devido ao fumo e ao fogo que não paravam de se mover. Os dois ouviram um homem por entre as chamas a dizer: - Venham por aqui, encontrei-os! Correram cada vez mais depressa com os homens a persegui-los. Nesse momento o marido pára, olha para a frente com esperança nos olhos e diz: -Vai correndo, vou distrai-los! -E o que vai se passar contigo? -Não te preocupes! Vai! -Mas… -VAI!!!!!! O homem não calculou que o seu grito iria conduzir mais os homens para si. A mulher deu um passo atrás abanando a cabeça, voltando a correr com as palavras do marido a percorrer os seus pensamentos. Mas não durou muito tempo até ficar muito cansada tentando apoiar-se nas árvores que ainda não tinham sido queimadas. Respirou fundo ao sentir o calor na pele branca. Não ia desistir nunca. Chegou a um caminho que só tinha rochas à volta, e chamas estavam por todo o lado. E agora por onde ia? A dor na barriga começava a dar sinal de não aguentar mais. As suas pernas também já não aguentavam mais, caindo no chão de joelhos. Olhou em frente não conseguindo ver nada. As únicas palavras que apareciam na sua mente, era a ideia de morrer ali mesmo e perder tudo o que tinha sonhado até então. Tinha uma criança dentro de si que amava mais do que tudo. Todos os seus amigos e até familiares, achavam essa criança indesejável, um pecado para as regras da sua religião até mesmo uma ofensa para o seu deus. Talvez uma ameaça para o povo, um demónio que vinha para os atormentar. Tal ideias passara pela cabeça dos seus pais que a obrigaram a se esconder ou proferia a morte. Ela olhou para o lado vendo uma pequena gruta. -Menina venha para aqui. Um homem com os seus 50 anos, já com alguns cabelos brancos sobre o preto e olhos pequenos redondos, surgiu das profundezas da gruta com um sorriso. A rapariga o seguiu entrando na gruta vendo uma mulher que talvez era a companheira do mesmo. -Por favor! Podem me ajudar? O meu bebe vai nascer! -Mas é claro! Deita-te aqui! Indicou a gentil mulher. A rapariga obedeceu deitando-se na rocha fria. Olhou para a entrada da gruta esperando que o marido entrasse. Nisso, aparece uma sombra por entre as chamas, era o marido. -Estás bem? -Sim! -Por favor senhora cuide da minha mulher que está preste a ter a criança! A sua mulher tocou-lhe na mão com o olhar triste. -Onde vais? O homem tocou na sua testa dando-lhe um sorriso de ternura agarrando na mão dela com a outra mão. -Vou lutar por ti e pelo nosso filho. As outras duas pessoas olhavam-nos confusas. O marido saio com uma espada na mão que reluziu nos seus olhos azuis apenas com um breve movimento do objecto, e a mulher olhou uma vez mais para a porta fechando por fim os olhos. A cidade ardia, as pessoas fugiam com medo. Ele lutava com garra, olhando de vez em quando para o caminho onde estava a porta da gruta, esperando que o filho viesse ao mundo com saúde. Dentro da gruta os fazendeiros disseram: | |
| | | Lili Acrobata 1 Estrela
Número de Mensagens : 90 Data de inscrição : 18/05/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Dom Jun 17, 2007 8:23 am | |
| -Ela corre perigo de vida!!! A sua pele agora ainda mais branca, transpirava por entre as linhas do rosto que mostravam pequenas manchas negras. O calor das chamas chamuscara um pouco a pele, os seus lábios agora estavam gretados e o corpo frágil que nem uma pena. Os gritos de dor ecoaram pela gruta, a sua mão arrastou a terra. Finalmente, a criança nasceu e o pai orgulhoso ouviu o choro do bebe mesmo de longe, distraiu-se olhando para o local que nem reparou que o sargento espetou-lhe com a espada na bacia. Caindo aos poucos, olhou para o rosto do homem que havia atacado. O seu sorriso maléfico estava satisfeito pelo que tinha feito. O pobre homem olhou para o céu esperando que viesse alguma ajuda. Até que ouviu o choro do bebe, deixando para trás a sua vida. A mulher olhou para a porta da gruta como se estivesse escutado. Agarrou no filho pondo na sua testa um lenço com um símbolo. Olhou para os fazendeiros dando-lhes um sorriso. -Por favor podem ficar com o meu filho um bocadinho? -Claro menina! O que vai fazer? Deu o filho à mulher, acariciou o rosto do filho tirando uma pedra do seu colar dando a ele, deu-lhe um beijo dirigindo-se para a entrada da gruta olhando para fora. -Ele chama-se Kiro. Dito isto, o corpo frágil caiu para surpresa do casal que gritou esperando agarrar. Ela fechou os olhos deixando aquele mundo. Os fazendeiros assustados observaram a criança. -O que fazemos? perguntou o homem -Não sei! disse a mulher olhando para o bebe que era muito bonito. Saíram do esconderijo seguindo as pegadas deixadas por muitas pessoas no chão seco. Encontraram o corpo do marido da rapariga, o susto foi tal que não conseguiram deixar de chorar. Ao lado dele estava dois homens. Esconderam-se para não serem vistos. -Finalmente conseguimos mata-lo! disse um dos homens que estava vestido a rigor. -Sim! Mas a criança…! Este dava sinal de ser comandado por ele -Não a encontram nem a mãe! Mas vamos pedir à patrulha para revistar os locais de embarcações e a mata. De certeza que vão encontrar essa criança maldita. Um outro guarda chegou num cavalo dando a notícia ao sargento. -Encontramos a mulher desse homem. Estava morta à porta de uma gruta. Os fazendeiros tremeram. -Óptimo! De certeza que a criança morreu junto com ela já que estava grávida. Os três homens saíram nos seus cavalos deixando os que tinham a criança no colo muito preocupados. -Mulher tens de deixar essa criança aqui! O bebe acordou largando um sorriso bonito à mulher. Os seus olhos eram muito clarinhos que nem diamantes. -Não o podemos abandonar! -Mas…não sabemos de onde veio, e quem era aquela mulher. Podiam ser bandidos! -Não creio! A criança agora brincava com os cabelos longos da mulher. -Viste como aquela rapariga tinha muitas jóias? -Não interessa Miro. Vamos ficar com ele e protege-lo. A primeira coisa a fazer é sair do reino de Síndrome. Sem ninguém notar, agarraram nos dois corpos do casal fazendo uma sepultura em sua honra. Puseram duas cruzes de madeira em cima de um monte de terra. Depois arrumaram as suas coisas, arranjaram um pano para embrulhar a criança fingindo que era uma trouxa. Puseram tudo no carro do burro seguindo pelo caminho de Laír. Chegaram ao seu destino vendo que os homens já se encontravam à volta do riu. -Onde vão? Perguntou o sargento -Queremos passar pelo riu senhor. disse Miro -Aí querem! È preciso pagar. O pobre homem tirou umas cinco moedas do bolço, mostrando ao guarda. O guarda olhou para as pequenas moedas dando umas gargalhadas. -Achas que consegues passar só com isso? Vamos ver se tem algo mais valioso no carro. Miro, soava e Margarita apertava a trouxa nos braços com medo. -Não há aqui nada. Não vão poder passar. -Por favor deixe! Os homens olharam-se por um instante gozando dos dois. Nesse momento o olhar virou para a trouxa que a mulher tinha. -Que tens na trouxa? -Não é nada. -Mostra-me o que tens aí mulher!!!! -Não! O guarda bem vestido tirou a sua espada apontando para o pescoço de Margarita. -MOSTRA-ME! gritou o guarda A mulher olhou para o marido assustada dando a trouxa para o guarda. Miro, agarrou na mão da mulher com força. -Este bebe é vosso? -Sim senhor! O guarda apontou a espada para eles. -Têm a certeza? Porque escondem este bebe? -Não pode apanhar frio. O guarda olhou para o outro que franziu as sobrancelhas. -ACHAM QUE CONSEGUEM ENGANAR-ME? gritou -Não senhor! Margarita só olhava para o marido pensando no que podiam fazer. O sargento olhou bem para a cara do bebe que estava a sorrir que depois de ver a cara feia do sargento começou a chorar. Por momentos o céu escureceu, as nuvens aproximavam-se. O corpo do bebe começou a brilhar para espanto de todos. Um estranho fumo alaranjado passou pelo rosto do sargento fazendo-lhe um corte profundo. Com a dor, ele caiu para trás largando o bebe. Miro, correu para agarra-lo conseguindo com êxito. O sargento com uma mão no rosto, olhou bem para os olhos do bebe muito desconfiado. -Tomem esta criança nojenta! disse o sargento tirando um lenço para limpar a | |
| | | Lili Acrobata 1 Estrela
Número de Mensagens : 90 Data de inscrição : 18/05/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Dom Jun 17, 2007 8:23 am | |
| cara com sangue. – Podem passar. Não vos quero ver mais aqui! -Sim senhor! Os fazendeiros saíram alegres e o sargento olhava com ar desconfiado. -O que se passou meu sargento? -Nada! -Como é que fez esse corte na cara? -PARA DE FAZER PERGUNTAS E VAI TRABALHAR IDIOTA!!!!! gritou Os fazendeiros dirigiram-se para as rochas brancas começando a Ver-o-mar. Uma nova vida começava. Agora com uma criança estranha nos braços, não sabiam o que iam enfrentar.
***
Numa casa muito antiga, o sargento entrou com os seus seguidores. Entraram numa sala onde estava um homem que mal conseguiam ver o rosto tapado por uma sombra deixada pela janela meia fechada que disse: -O que querem? -Vim dizer que conseguimos o que queria. -E a criança? -Está morta! -IDIOTA!!!! disse batendo com a mão na mesa assustando os seus ouvintes. – Ela ainda está viva. -Como?! -Ela passou por ti sargento. O sargento Maya lembrou-se da criança que tinha no seu colo.
Naquele tempo, o reino de Síndrome era governado por os mais poderosos sábios do mundo. Cada ano que passava, os sábios queriam governar o mundo, usando lutas para o conseguir. E naquele dia houve uma guerra devido ao desacordo de dois povos poderosos. As pessoas novas que entrassem naquele país eram mortas ou simplesmente presas. Aqueles fazendeiros tiveram sorte de não serem mortos. | |
| | | ***sora*** Acrobata 4 Estrelas
Número de Mensagens : 418 Idade : 34 Localização : no meu querido kaleido star Data de inscrição : 31/03/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Dom Jun 17, 2007 8:27 am | |
| tao super hiper mega lindo amiga alias como tudo o que vc faz tao anciosa pelo proximo capitulo^^ | |
| | | Angel Acrobata 4 Estrelas
Número de Mensagens : 293 Idade : 32 Localização : Porto Data de inscrição : 08/04/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Dom Jun 17, 2007 10:50 am | |
| Estou ansiosa pelo outro capitulo! | |
| | | Lili Acrobata 1 Estrela
Número de Mensagens : 90 Data de inscrição : 18/05/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Sáb Jun 23, 2007 9:43 am | |
| Mais um novo capitulo espero que gostem Boa leitura Capitulo 2 – Um poder especial 13 Anos mais tarde na cidade de Mala. Uma família com a sua criança de olhos deslumbrantes de mistura de azul e verde, cabelos negros com brilho azulado, fita com um símbolo na cabeça, viviam numa fazenda. O rapaz adorava saltar das árvores e nadar no lago. Kiro, o miúdo perdido, vivia feliz com os seus pais adoptivos, apesar de não o saber. Tornara-se num bom fazendeiro e também tinha boas qualidades para um bom lutador. Mas estava farto de ficar na fazenda, nunca saia porque os pais não queriam. A coisa que mais gostava de fazer quando estava aborrecido, era subir à árvore mais alta da fazenda e gritar bem alto para o horizonte que observava bem. O horizonte era como uma imagem confortante, um sonho que Kiro queria visitar um dia logo que saísse daquela maldita fazenda. Do outro lado do riu que Kiro conseguia ver em cima da arvore, era a cidade de Mala, muito conhecida pelos seus artigos variados. Certa altura, Miro teria de ir à cidade fazer uma encomenda para alguém muito rico. Ao ver o rosto de Kiro muito aborrecido com aqueles olhos que eram difíceis de dizer que não, sentiu que era injusto se Kiro ficasse sempre em casa, decidindo que o ia levar com ele. Kiro quase explodia de felicidade finalmente podia ver a cidade do horizonte. A cidade tinha um longo corredor de barracas com vários produtos, pessoas caminhavam apresadas para fazer as suas compras. A família não costumava sair muito porque não queriam expor o seu filho ás pessoas. E também porque era muito chato e não parava de falar -Papa olha para aquele jarro de barro! disse Kiro -Já vi filho! -Papa, papa olha aquela mesa! -Sim filho. -Papa olha aquela cadeira! -Sim filho. -Papa… -Filho não te podes calar um pouco? disse o pai Kiro cruzou os braços chateado. Estava aborrecido, queria fazer alguma coisa de útil. Viu um grupo de crianças a brincar. Sentiu um desejo enorme de ir ter com elas. -Nem penses Kiro! disse o pai percebendo o que ele queria -Mas pai? -Sabes muito bem que nem eu nem a tua mãe, queremos que andes misturado com miúdos de outras famílias. Ficou ainda mais chateado. Porque razão é que não podia brincar com aqueles miúdos? Virou-se para que não ficasse ainda mais chateado. Afinal ir à cidade não era tão divertido. Nisso começa a ouvir o grupo de miúdos a dizer: -Olhem é a Maria rapaz! disse um rapaz de cabelo loiro. Pela sua maneira de ser, julgava-se muito convencido e dos mais irritantes à face da terra. Mostrava-se como se fosse o rei da manada de burros que eram os amigos. Começaram a gozar de uma rapariga que se vestia como um rapaz. Apesar de estar assim parecia ser muito forte. -Deixem-me em paz! respondeu a miúda mostrando o punho. -Olha olha, querem ver que quer lutar? -Só quero que me deixes em paz!!! O rapaz loiro, mandou um gorducho que estava mesmo atrás dela passar-lhe uma rasteira. Ela caiu brutalmente no chão, e o chapéu que tinha na cabeça, caiu deixando mostrar os seus cabelos de tom avermelhado, longos e bonitos. Kiro sentiu uma vontade enorme de ir lá e dar um murro na cara de cada um. A miúda queixava-se de uma dor na mão, mas isso não a ia impedir, nunca desistia. Nunca!!! -Parem!!! Kiro chegou mesmo a tempo. -Quem és intrometido? A rapariga desejou estrangula-lo. -Vim salvar-te! -Salvar-me?! SALVAR-ME?!?! Deves de estar a gozar?! Eu consigo com estes três palhaços. -Não consegues. Espera deixa-me aju… Em 5 segundos a rapariga já se tinha livrado deles. Kiro tinha perdido tempo a falar, que nem notou que já estavam no chão desgraçados. -Vês, não sou assim tão fraca! De mão na cintura gozou a sua sorte. Kiro afastou-se para que não sobrasse para ele, com uma rapariga tão forte podia estar perdido. -A propósito, sou a Anita. E tu? A rapariga estendeu-lhe a mão -Ki…Kiro…! Estendeu-lhe a mão muito envergonhado. Por entre uma janela de uma casa mesmo perto deles, uma sombra os observava constantemente. -Então é verdade! disse o rapaz loiro que levantava-se do chão cheio de dores. -Que és o Kiro, o rapaz doente! Kiro não percebeu. “O que queria dizer com o rapaz doente?” -O rapaz doente!!! Resmungaram os amigos do loiro. -Que queres dizer? perguntou confuso Kiro -És filho daquela família de fazendeiros que não te deixam sair porque és doente dos miolos. -NÃO!!!! Estou bem de saúde! Todos os rapazes começaram a rir deixando Kiro muito furioso. Uma onde de raiva subiu pelo seu corpo transportando-o para a violência. Miro que viu que o filho estava lá, chegou a tempo de parar com a raiva agarrando-o pela cintura. -Kiro vamos embora! Eu disse que não queria que falasses com eles. De repente a sombra por detrás da barraca, sai do seu esconderijo com outras sombras empurrando Miro e pegando em Kiro. As pessoas ficaram assustadas correndo em todas as direcções. Os homens encapuçados só queriam o Kiro. Uma carroça chega no meio da confusão largando poeira em todo o caminho. Mas outro homem pega em Anita jogando-a para a carroça juntamente com Kiro. Os dois homens dão um pulo e a carroça sai do local a toda a velocidade. -KIROOO!!!! Gritou Miro tentando alcançar a carroça mas caindo logo a seguir. As suas mãos enterraram-se na terra puxando com força um pedaço. *** Kiro acorda dentro de uma sela, Anita estava mesmo ao seu lado ainda a dormir. Na sala um bafo de comer estragado e ratos mortos perfurava as narinas. As paredes mostravam desenhos e riscos que pareciam ter sido feitos por outros que tivessem estado lá. -Anita acorda. Abanou-a. Anita acordou com os olhos ainda sonolentos. -Como é que me deixei dormir? | |
| | | Lili Acrobata 1 Estrela
Número de Mensagens : 90 Data de inscrição : 18/05/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Sáb Jun 23, 2007 9:44 am | |
| Um barulho ao fundo do corredor, dava sinal de pessoas a dirigirem-se para a sala. Três individuo-os, pararam mesmo à frente, olharam para as grades. Dois deles estavam vestidos de preto e o outro que estava no meio, mostrava ser mais alto do que eles, não conseguiam ver o seu rosto. -Aqui está senhor! disse o homem vestido de negro à direita. -Vocês são mesmo burros! Vejo aqui dois porquê? disse o mais alto. Kiro teve que fazer um esforço para o poder ver, mas infelizmente o esforço era em vão, só conseguia ver um olho brilhante no alto da cabeça. -Chefe este burro é que se enganou! disse o da direita apontando para o da esquerda. -Calem-se! Os dois homens de negro tiraram as roupas pretas mostrando que eram da guarda, e lá estava o sargento Maya com uma parte da cara queimada. E o outro era o gorducho de aos 11 anos. Maya olhou bem para Kiro, os seus olhares saltavam faíscas. -Foste tu miúdo que me fizeste isto à cara! -Eu?! disse confuso. -Sim tu! Quando ainda eras um bebe. Agora vou ter o prazer de te matar com as minhas próprias mãos! Tirou uma arma branca do bolço. Maya preparou-se para o matar quando foi interrompido pelo chefe. -Não! Vamos mata-lo quando for noite. Hoje é lua cheia. Depois incendiamos tudo para eu poder ficar com os seus poderes. -Libertem-me! disse a Anita. -Minha querida, vamos ter tempo de te libertar quando matarmos o teu amigo.
***
Ainda na cidade de Mala, Margarita e Milo temiam pelo Kiro. Tinham de fazer alguma coisa, e como as coisas iam, a guerra poderia voltar outra vez. Prometeram que nunca iriam mostra-lo a ninguém para que ele nunca fosse tirado aos dois. Principalmente prometeram que o iam proteger.
***
A noite chegou e Kiro já podia ver a lua da janela quadrada da sala, suspirou pondo a cabeça sobre os joelhos. -Não aguento mais! disse a Anita a puxar os cabelos. – Quero sair daqui! Se não te tivesse conhecido nada disto teria se passado comigo. -Esta calada! -Não me mandes calar seu intrometido!!! Mesmo ao lado da sala onde estavam, o chefe começava os preparativos para matar Kiro. Uma música estranha soou do lado de fora. -Que poder estavam a falar? -Não faço ideia. -Deves de ter um poder incrível…deves! Claro, um fracalhote como tu não tem poder nenhum. -Importas-te de estar calada! Estou a pensar. -Não me calo. Vou ficar a falar até que te fartes de mim. Para aprender que não devia de ter conhecido. Kiro levantou-se muito irritado dando um murro nas grades. A raiva era tanta que não lhe doeu nem um bocadinho. Tinha de sair dali custe o que custar, estava irritado, nervoso, farto de tudo aquilo, e aborrecido com uma tagarela a falar toda a hora. Soltou um grito de raiva, que um vento estranho saiu dos pés percorrendo o seu rosto elevando os seus cabelos compridos. O chão da sela começou a tremer e o vento transformou-se num fumo vermelho. Anita ficou assustada que se encostou á parede. O chão abria aos seus pés, e lá na rua os guardas ficaram assustados, só o chefe é que sabia que era o poder de Kiro. Kiro deu outro grito que arrebentou com as grades deitando tudo abaixo. Por fim tudo ficou calmo e Kiro caiu para trás admirado com o que tinha feito, o pó da força que as grade fizeram ao cair inundavam o espaço. Anita gaguejando perguntou: -Fos…foste tu, tu que fiiiizeste isto? -Não sei! disse olhando para ela admirado. O alarme começou a tocar chamando todos os que podiam para os prender imediatamente. Kiro olhou para o corredor não vendo ninguém, olhou para Anita lhe dando a mão e disse: -Anda! -Como?! Nem penses que vou contigo! -Ai é? Então fica aí, se quiseres até eles chegarem. De certeza que vão adorar fazer uma sopa contigo para depois dar aos cães. Ela sentiu um arrepio na espinha, engolindo em seco. -Que se lixe! Agarrou na mão de Kiro. Saíram da sala muito devagar antes que os guardas chegassem. Entraram num corredor, os passos dos homens soavam do outro lado e os dois apresaram-se a ir para trás de uma coluna assim não iam ser vistos. Depois do perigo ter passado continuaram a andar com a mão na parede. -Ainda falta muito? Resmungou Anita, já estava muito cansada. -Como queres que saiba! Chegaram a um corredor onde tinha a poucos metros uma porta que parecia ser a saída. -Boa vamos! Anita correu para a porta. -Espera! Uma seta saiu do orifício da porta, por pouco atingia Anita. -Sabia que tinha armadilhas. -Só dizes isso agora! Kiro pegou numa pedra atirando ao local, o resultado foi sair um monte de setas. Não havia hipótese de sair dali. Então teve uma ideia. Cada orifício estava separado com um quadro do chão, se passarem por eles não haverá perigo de as setas saírem. Ele deu uns quantos saltos pisando cada quadrado até chegar ao fim do caminho vivo. -Viste Anita? É só saltares. -Tenho uma maneira melhor de conseguir. Dando dois passos atrás, correu para afrente dando um salto enorme passando sem problemas. Kiro ficou espantado, que rapariga forte! Olharam para a porta, soltava um brilho muito estranho. Kiro abriu a porta. Dentro, as paredes brilhavam como ouro e lá ao fundo uma criatura desconhecida adormecia presa numa gaiola. Os dois aproximaram, vendo umas longas asas nas suas costas. -Mas que criatura é esta? perguntou Kiro. -Qual criatura? Perguntou Anita olhando para todos os lados. Kiro tocou numa das grades da gaiola não temendo o pior. Aos poucos, a criatura levantou a cabeça deixando ver o rosto. Ele ficou atónito ao olhar para tal beleza que apaixonava a cada segundo. Sua pele branca iluminada por olhos azuis que nem a beleza do oceano conseguia alcançar, sorriu levantando a mão também tocando na de Kiro. Por momentos, sentiu o corpo gelar acariciando a mão dela. Os seus cabelos eram como teias de aranha acabadas de tecer em fios muito longos e fininhos que brilhavam a luz do luar. -Que se passa Kiro? Perguntou Anita olhando para uma gaiola que supostamente estava vazia. Mas Kiro conseguia ver, conseguia ver tal beleza como nunca tinha visto. Agarrou em mais uma grade com a outra mão abanando para tentar soltar. -Depressa Anita, encontra-me algo que dê para abrir isto! A criatura agarrou mais uma vez não mão dele, abanando a cabeça a dizer que não. Ele sentiu como um sopro na cabeça uma mensagem a dizer que não valia a pena. Olhou mais uma vez para ela sorrindo. Todas as correntes a que estava presa, feriam a sua pele deixando marcas muito profundas. -Quem é? perguntou Kiro. A criatura não falou, pelo que Kiro deduziu que não falava apenas fazia pequenos gestos muito graciosos. -Temos de ir Kiro! Gritou Anita observando o corredor. -Adeus! disse Kiro com tristeza. Nesse momento, uma luz muito brilhante saiu do corpo dela transformando um pedaço de pedra que estava no chão em uma espada. Kiro com um pouco de receio quis agarrar na espada, e quando o fez uma luz como prata saiu dela abrindo outra porta. Os dois estavam espantados pelo que viam. Kiro não notou que o chefe abriu a porta entrando na sala derrubando as paredes só com uma mão que o espaço caiu num buraco negro. Ele vestia uma bata negra e a sua cara não se conseguia ver, apenas um olho naquele corpo todo. Ele, cujo nome não sabiam, olhou para a fita da cabeça de Kiro e isso bastou que a raiva e o medo subisse. -TU!!!! disse apontando-lhe o dedo com a mão cheia de ligaduras. – Fizeste com que todos os meus sonhos fossem por água abaixo. Passei toda a minha vida a lutar para conseguir o que queria, até aparecer um fedelho que estraga tudo. -Do que estás a falar? -Ai não sabes?! Achas que os pais que tens agora, são teus pais? Achas que a tua vida vai ser fácil? -Como?! Kiro não estava a perceber. Que significava aquela história? – Porque dizes isso sobre os meus pais? -Nunca foste filho deles. Apenas cuidaram de ti por pena. Como te detesto! Nunca gostei de ti, és tão estranho como eles. Vemos mesmo que és filho de raça traçada. -Eles quem? -Os teus pais verdadeiros! Kiro mal começava a por os pés bem assentes no chão que já tinha um homem maluco a falar de coisas que não percebia. A única coisa que queria era que o deixassem em paz de uma vez. Vivia no campo e preferia mil vezes nunca ter saído de lá. -O teu pai era muito corajoso. Gostava muito da tua mãe, foi um idiota em te defender. Eu próprio matei-o naquele dia. Kiro não aguentava mais aquelas palavras irritantes que saltavam da boca daquele homem maluco. Se eram seus pais verdadeiros não tinha o direito de os matar. Apertou os punhos, umas lágrimas escorriam do fundo da dor da alma. Sem saber o que estava a fazer apontou a espada para o seu inimigo indo em direcção a ele. O choque foi tal que as paredes mancharam de profundo sangue pecador, e o corpo fraco e atingido, caiu brutalmente no chão. Kiro tinha acertado mesmo em cheio com a espada. Anita tapou os olhos para não ver, com o rosto tapado chorava baixinho. Kiro tremendo, deitou a espada no chão caindo juntamente com ela. -O que fiz? disse envergonhado. – O que fiz? Os guardas começavam a entrar rapidamente pela porta preparando-se para prende-los. Anita que estava sozinha era mais fácil de a agarrar. -Socorro intrometido!!!! Kiro foi em seu socorro agarrando na espada, saltou para as costas dos guardas puxando os seus cabelos, já que era pequeno era fácil de subir. Agarrou na mão da Anita começando a correr em direcção á porta. Os guardas iam atrás o chefe que ainda estava vivo, disse: -Não vão! Tenho algo muito melhor que podem fazer. Já na floresta Kiro corria juntamente com a Anita. Finalmente chegaram ao lago onde Kiro murava. Pararam para respirar profundamente. -Que raio de dia! Ouve lá, nunca mais me chamas para uma aventura destas. Kiro não prestava atenção olhava apenas para o lago, sentado á beira do mesmo. -Ouve estás bem? -Não! Anita sentou-se ao lado dele. Os dois ficaram lado a lado pensando no que tinha acontecido. -Não sei o que se passou, mas o que era aquela coisa? E o que queria de ti? -Não faço ideia, só sei é que o matei. -Não o mataste! Apenas deste uma lição a esse chato. Estava quase a dar uns murros a esse palerma. Anita começou a rir que até fez eco, mas Kiro não estava interessado nisso. -Estás a fazer figura de parva. -O quê? E preciso ter lata. Sabes que mais vou embora. Vou passar uma borracha nesta história toda. Nesse momento ouviram uma explosão que vinha do outro lado do lago. -È fogo! disse a Anita Não era fogo normal, mas sim, vinha da casa de Kiro.
Última edição por em Sáb Jun 23, 2007 9:48 am, editado 1 vez(es) | |
| | | Lili Acrobata 1 Estrela
Número de Mensagens : 90 Data de inscrição : 18/05/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Sáb Jun 23, 2007 9:46 am | |
| Espero que tenham gostado deste capitulo hehehehe | |
| | | ***sora*** Acrobata 4 Estrelas
Número de Mensagens : 418 Idade : 34 Localização : no meu querido kaleido star Data de inscrição : 31/03/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Sáb Jun 23, 2007 10:02 am | |
| Amei amiga,ta mt lindo como sempre | |
| | | sora_super_star Acrobata 1 Estrela
Número de Mensagens : 87 Idade : 33 Localização : Portugal Data de inscrição : 31/03/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Sáb Jun 30, 2007 6:39 pm | |
| TA MT BOA A TUA FIC CONTINUA ASSIM | |
| | | Loba Solitaria Acrobata 4 Estrelas
Número de Mensagens : 379 Localização : No Kaleido Star com o Leon Data de inscrição : 10/09/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Qui Set 27, 2007 10:16 am | |
| Tá tao girooooooo | |
| | | Rosetta Acrobata 4 Estrelas
Número de Mensagens : 489 Idade : 30 Data de inscrição : 31/07/2007
| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino Qui Set 27, 2007 12:23 pm | |
| Está lindo! Gostei muito! | |
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| Assunto: Re: Fic - Um reencontro com o destino | |
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| | | | Fic - Um reencontro com o destino | |
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